A crise climática é um dos maiores desafios da nossa era, vem exigindo ações coordenadas e eficazes para mitigar seus impactos e garantir a sustentabilidade do planeta. Em meio a esse cenário, o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) emerge como uma ferramenta fundamental. O Brasil se empenhou na aplicação das “Diretrizes de 2006 do IPCC para Inventários Nacionais de Emissões de Gases de Efeito Estufa” (IPCC, 2006),
Este inventário, visa quantificar as emissões de GEE de diversas fontes, fornece uma base sólida para políticas e ações climáticas. Mas por que, exatamente, é tão crucial realizar um inventário de emissões? Exploremos sua importância e os benefícios que ele traz.
O inventário de emissões tecnicamente é uma ferramenta fundamental para as organizações compreenderem e quantifiquem suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). É um relatório detalhado que quantifica a quantidade de gases de efeito estufa liberados para a atmosfera por uma entidade específica, seja um país, uma cidade, uma empresa ou uma instituição. Este relatório inclui emissões diretas (como aquelas provenientes da queima de combustíveis fósseis) e indiretas (como aquelas relacionadas ao consumo de eletricidade). A precisão e a abrangência deste inventário são essenciais para entender o impacto real das atividades humanas no clima.
Alguns motivos pelos quais um inventário deve ser feito são:
Consciência e Transparência:
O detalhamento das emissões possibilitado pelo inventário permite às empresas entenderem melhor seus impactos ambientais. Isso inclui a identificação das principais fontes de emissões e a compreensão de como suas atividades afetam o clima. A realização regular de inventários permite o monitoramento contínuo das emissões ao longo do tempo. Isso é vital para avaliar a eficácia das políticas climáticas e ajustar medidas conforme necessário. Além disso, promove a transparência e a responsabilidade, permitindo que a sociedade acompanhe os progressos e cobre ações dos governantes e empresas.
Identificação de Oportunidades:
O inventário ajuda as empresas a perceberem oportunidades de inovação e novos negócios no mercado de carbono. Ao conhecerem suas emissões, elas podem desenvolver estratégias para reduzi-las e, ao mesmo tempo, criar valor econômico e ambiental. O inventário fornece dados essenciais que orientam a formulação de políticas climáticas eficazes. Com informações precisas sobre as fontes de emissões, governos podem desenvolver e implementar estratégias específicas para reduzir GEE, como regulamentações sobre emissões industriais, incentivos para energias renováveis, e programas de eficiência energética.
Reputação e Sustentabilidade:
A elaboração de inventários de emissões demonstra o comprometimento da empresa com a sustentabilidade. Isso pode melhorar sua reputação junto aos investidores, clientes e parceiros, além de reduzir os riscos de autuações ambiente. Além de que o cumprimento de compromissos Internacionais, auxiliam na reputação países que são signatários de acordos climáticos internacionais, como o Acordo de Paris, têm a obrigação de reportar suas emissões de GEE. O inventário é a ferramenta que permite o cumprimento dessas obrigações, demonstrando o comprometimento do país com a redução de emissões e contribuindo para os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas. Para empresas, a elaboração de um inventário de emissões é um passo crucial para a gestão sustentável e a responsabilidade ambiental. Além de atender a regulamentações e demandas de mercado, permite que as empresas identifiquem oportunidades de redução de custos através da eficiência energética e inovação, ao mesmo tempo, em que melhoram sua reputação e atraem investimentos responsáveis.
Grandes empresas têm adotado diversas práticas para reduzir suas emissões e promover uma economia mais sustentável, como exemplo temos a rede de farmácias Pague Menos, que tem como plano, uma agenda ESG até 2030, para fortalecer ações sustentáveis e democratizar acesso à saúde reforçando compromisso com a cidadania junto a clientes e parceiros.
Entre essas Boas Práticas para uma Economia de Baixo Carbono podem ser implementadas as seguintes:
Mensuração e Divulgação: As empresas devem mensurar suas emissões e divulgar os resultados. Isso cria transparência e permite que os stakeholders acompanhem o progresso.
Estabelecer Metas de Redução: Definir metas claras para reduzir as emissões é essencial. As empresas podem adotar planos transitórios para uma economia de baixo carbono e investir em tecnologias mais limpas.
Investir em Tecnologias Verdes: Isso inclui a utilização de energias renováveis, como solar e eólica, e a adoção de frotas de veículos elétricos ou híbridos.
Influenciar o Mercado: Grandes empresas conseguem influenciar outras organizações e educar o mercado sobre práticas sustentáveis. Isso pode ser feito por meio de parcerias, programas de carona e incentivos para fornecedores adotarem medidas de baixo carbono.